
Nosso anfitrião em Punta Arenas, Fabian do Host Patagônia, organizou esse passeio para nós.
O dia começou ás 7 h da manhã, o guia nos buscou de van e levou até o porto para que pudéssemos pegar a balsa e atravessar até Pourvenir, o trajeto dura cerca de 2,5 hrs, e a vista é incrível. Dentro da balsa possui banheiros, bancos confortáveis, e um café muito gostoso. Nós provamos um sanduíche de choriqueso (pasta/patê de chouriço e queijo) muito bom.
Trajeto de Balsa
Ao desembarcarmos continuamos de van até o Museu Municipal Fernando Cordero Rusque, onde se preserva a história dos primeiros habitantes da Tierra del Fuego, foi fundado em 1980 e é protegido pela prefeitura de Pourvenir.
O acervo do museu possui vários utensílios dos povos Selk’nam, animais da região empalhados e a retratação de uma antiga mercearia, com produtos, latas, utensílios, jornais, mantimentos, caixa registradora, telefone, automóvel, ferramentas, entre outros.
A tribo Selk’nam é retratada através de fotos e artefatos antes da sua colonização, a tribo foi destruída e exterminada, conta o guia do museu que aconteceu porque os novos habitantes da ilha trouxeram o uso habitual de roupas, e os índios acabavam se molhando e sujando as roupas, não as tiravam e adoeciam. Muitas teorias existem de como esse povo deixou de existir, mas a história também conta que os conquistadores protagonizaram um verdadeiro genocídio, e os sobreviventes foram trancafiados na ilha Dawson por sacerdotes para serem “salvos”, que ao fim deixaram apenas cruzes como suas testemunhas.
Custo da entrada foi de $1.000 pesos chilenos.
O povo selk’nam, era seminômade, de estatura baixa, mas muito fortes, viviam sob um frio intenso. A iniciação na vida adulta para os jovens homens era um teste de força psicológica e física, na qual eles deveriam encarar os espíritos maléficos, ao final do ritual eles descobriam que os maus espíritos eram os homens mais velhos da tribo mascarados. As mulheres nunca descobriram que era uma farsa, e os maridos as ameaçavam como espíritos para mantê-las obedientes.
Depois partimos para o restaurante e hotel Barlovento, onde foi servida a melhor refeição do mundo: salmão assado, cordeiro, carne mechada chilena, quinoa, saladas variadas, vinho tinto e branco, e muitas outras delícias. O valor por pessoa de Buffet livre a $8.000 pesos (aprox. R$45,00 convertido em Dez/2019), foi uma das refeições mais completas e baratas da viagem.
Quando todos estavam prontos para prosseguir com o passeio, fomos de van até o Parque Pinguino Rey.
O parque Pinguino Rey existe por iniciativa privada, em 2010 a costa recebeu a visita de um grupo de 90 pinguins, que foram muito assediados. A família dona do território decidiu criar um santuário para os animais, e proteger oito pinguins-rei. Pessoas relacionadas ao meio de proteção ambiental, biólogos, médicos veterinários, decidiram aderir à ideia, e criaram um plano de manejo. Em 2011 o parque foi aberto para visitação, e em 2013 nasceram os primeiros pinguins-rei na ilha. O parque sobrevive de doações, a sua estrutura foi construída de forma sustentável com energias renováveis.
Quando me disseram sobre ver os pinguins eu imaginei que fosse algo como ir á um zoológico, mas conhecendo a história do parque, e como nós, visitantes, poderíamos atrapalhar a pequena população de pinguins da ilha, entendo e aprovo a forma de visitação, que é através de observatórios distantes da colônia.
Custo da entrada foi de $12.000 pesos chilenos.
Pinguino Rey
No retorno passamos pela cidade de San Gregório, onde esta localizado a Estancia San Gregorio, conhecida por ser mal assombrada. Nas proximidades existem dois navios cargueiros do século XIX naufragados. O Embaixador construído em Londres em 1869, e o Amadeo construído em Liverpool em 1884.
San Gregorio
Amoo os pinguins!! Lindos de maiiiis!!! Amo essas fotos de você!!!